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26 de maio de 2010

Dia Distrital do Bombeiro em Mesão Frio

No ano em que comemora o seu 72º Aniversário, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mesão Frio será a anfitriã para o Dia Distrital do Bombeiro. As comemorações centrar-se-ão na avenida Conselheiro José Maria Alpoim, em Mesão Frio, nos próximos dias 5 e 6 de Junho.

O programa das comemorações inicia-se a 5 de Junho com a abertura de uma exposição de viaturas antigas dos Bombeiros Voluntários do Distrito de Vila Real, na Av. Conselheiro José Maria Alpoim, que estará patente durante todo o fim-de-semana. À noite, no mesmo dia, decorrerá um espectáculo musical. No dia 6 de Junho, mais solene, decorrerá no Salão Nobre dos Paços do Concelho uma Sessão Solene onde estarão presentes as autoridades locais e distritais.

À tarde, pelas 16 horas, quem acorrer a Mesão Frio poderá apreciar um desfile que contará com todos os Corpos de Bombeiros do Distrito de Vila Real. Os Soldados da Paz, tendo o lema “Vida por Vida”, ao longo do ano encontram-se permanentemente ao dispor das populações seja no combate a incêndios florestais, seja no socorro a vítimas das intempéries e de acidentes.

21 de maio de 2010

O desejo de um bombeiro

  Desejava que pudesses ver a tristeza de um homem de negócios quando o trabalho da sua vida desaparece em chamas ou uma família que regressa a casa e apenas encontrar a sua casa e os seus pertences danificados ou destruídos.


 Desejava que pudesses saber o que é procurar num quarto a arder por crianças presas... As chamas por cima da tua cabeça, as palmas das mãos e os joelhos a queimarem enquanto tu rastejas... O chão a ranger com o teu peso, enquanto a cozinha arde por baixo de ti.


 Desejava que pudesses compreender o horror de uma esposa quando às 3 da manhã verifica que o marido não tem pulso... Inicio o S.B.V. (suporte básico de vida) no mesmo, esperando uma hipótese muito remota de trazê-lo de volta... Sabendo instintivamente que é tarde demais...
Mas querendo que a família soubesse que tudo o que era possível foi feito.


 Desejava que pudesses saber o cheiro único de uma queimadura, o gosto da saliva com sabor a fuligem... sentir o intenso calor que passa através do equipamento, o som dos estalos das chamas, a sensação de não conseguir ver absolutamente nada através do fumo denso... Sensações que se tornaram muito familiares para mim...


 Desejava que pudesses compreender como nos sentimos ao ir para o trabalho de manhã após passarmos a maior parte da noite suando com o calor de diversas chamadas de fogo...


 Desejava que pudesses ler o meu pensamento quando respondo a uma chamada para um edifício a arder, 'Será falso alarme ou um enorme incêndio? Como será a construção do edifício? Que perigos esperam por mim? Estará alguém lá dentro ou saíram todos?'
'Ou para uma chamada de socorro. 'o que se passará com o doente? Será que a pessoa que telefonou está mesmo em apuros ou estará à minha espera com uma arma?'.


 Desejava que pudesses estar na sala de reanimação quando o médico decide anunciar a morte da linda menina de cinco anos que tenho tentado salvar durante os 25 minutos anteriores, e que nunca irá ter o seu primeiro namorado, nem nunca mais irá dizer 'gosto muito de ti, mãe' ...


 Desejava que pudesses saber a frustração que sinto na cabina do autotanque, o motorista com o acelerador a fundo, o meu braço a tocar a sirene vezes sem conta quando não se consegue passar por um cruzamento ou no meio do trânsito. Quando vocês precisam de nós, no entanto, o primeiro comentário quando chegamos será 'levaram muito tempo para cá chegar'.


 Desejava que pudesses ler os meus pensamentos enquanto ajudo a retirar os restos de uma jovem do seu veiculo contorcido, 'e se fosse a minha irmã, a minha namorada ou alguma amiga? Qual será a reacção dos seus pais quando abrirem a porta e verem policias?'


 Desejava que pudesses saber como é entrar em casa, cumprimentar a família não tendo coragem para lhes dizer que quase não voltei da última chamada.


 Desejava que pudesses sentir os meus sentimentos quando as pessoas verbalmente, e às vezes fisicamente, nos maltratam ou subestimam o que fazemos, ou quando têm a atitude 'isto nunca me aconteceria'.


 Desejava que pudesses perceber a instabilidade mental, emocional e física de refeições perdidas, sonos perdidos e a falta de actividades sociais associadas todas as tragédias que os meus olhos já viram.


Desejava que pudesses saber a irmandade que existe e a satisfação de ajudar a salvar uma vida, a preservar as coisas de alguém, a estar 'lá' nos tempos de crise ou a criar ordem quando existe um caos total.


 Desejava que pudesses compreender como nos sentimos quando temos uma criança a puxar- nos o braço e a perguntar 'a minha mãe está bem?' sem sequer conseguir olhar nos seus olhos sem deixar cair umas lágrimas e sem saber o que responder. Ou ter de segurar um amigo de longa data enquanto o seu companheiro vai na ambulância a receber respiração boca a boca. Sabendo de antemão que ele não trazia o cinto de segurança posto. Sensações que me ficaram muito familiares...


 A menos que tenhas vivido este tipo de vida, nunca conseguirás entender verdadeiramente ou apreciar QUEM EU SOU, O QUE NÓS SOMOS OU O QUE O NOSSO TRABALHO SIGNIFICA REALMENTE PARA NÓS ... Desejava que pudesses …






Fonte:Boletim informativo O BOMBAS dos B. V. de Aguda

Dia do Bombeiro Português


Bombeiro: a mais exacta tradução de Ser Humano"
O Dia do Bombeiro Português comemora-se, anualmente, no último fim de semana de Maio. Uma forma simbólica de não deixar cair em esquecimento aqueles que, na nobre função de salvar a vida aos seus semelhantes (e, também, o património), prescindem do bem-estar dos seus lares e enfrentam o risco necessário para o efeito.
Ser Bombeiro não é uma profissão é, antes, uma vocação que denota o que de mais nobre existe no ser humano.
Enquanto uns vivem, de forma naturalmente egoística, as suas vidas, os Bombeiros vivem a deles em função da dos outros, para que, esses outros, vivam com segurança e tranquilidade. No entanto, quando não voluntário, "Ele poderia ser engenheiro, pedreiro, motorista, escritor, advogado, ao invés disso escolheu ser um bombeiro e ter a sua vida cheia de choro, sangue, óleo, vidro, fogo, pedidos de socorro e muitas noites mal dormidas, porque a essência de ser bombeiro persegue-o".
E, como tudo, também a existência das corporações de bombeiros tem uma história.


Serviço de Incêndios de Lisboa criado em 23 de Agosto de 1395

Foi D. João I o responsável pela organização do primeiro Serviço de Incêndios na cidade de Lisboa, em 23 de Agosto do ano de 1395. Naquele tempo os incêndios urbanos eram um grande flagelo, combatidos com meios arcaicos pelas mãos de vizinhos e amigos. D. João I resolveu, então, ordenar, através de uma Carta Régia, "que em caso que se algum fogo levantasse, o que Deus não queria, que todos os carpinteiros e calafates venham àquele lugar, cada um com seu machado, para haverem de atalhar o dito fogo. E que todas as mulheres que ao dito fogo acudirem, tragam cada uma seu cântaro ou pote para acarretar água para apagar o dito fogo". Ficaram, também, os pregoeiros da cidade incumbidos de avisar os moradores para terem cuidado com suas lareiras.
No Porto, estes Serviços de Incêndio começaram a funcionar no século XV. A partir de então, começaram a reproduzir-se estas iniciativas por todo o país, de forma a evitar incêndios provocados por lareiras e utilização de pólvora. No seguimento desta prática, a Câmara do Porto, em Julho de 1513 reuniu para "eleger diversos cidadãos para fiscalizar se os restantes moradores da cidade apagavam o lume das cozinhas à hora indicada pelo sino da noite". Esta mesma Câmara, em Setembro de 1612, decidiu que "fossem notificados os carpinteiros da cidade para receber machados e outras pessoas de que entrariam na posse de bicheiros, para que, havendo incêndios, acudissem a ele com toda a diligência".
A aquisição de material e equipamento que ajudasse a combater os fogos só foi possível em 1646, disponibilizando aos Homens que combatessem remunerações e habitações.
Os primeiros quartéis foram estabelecidos em Lisboa em 1678, que por esta altura, funcionavam como arrecadação de aparelhos e ferramentas. D. Afonso VI proferiu que "O Senado ordenará, com toda a brevidade que, nesta cidade, haja três armazéns… e que estejam providos de todos os instrumentos que se julgarem necessários para se acudir aos incêndios, e escadas dobradas de altura competente, para que, com toda a prontidão, se possam remediar logo no princípio; e a chave terá cada um dos mestres assalariados pelo Senado, com obrigação que, logo que se tocar o fogo, abra o armazém que tiver a seu cargo, onde acudirão todos os oficiais assalariados…".
A organização do Serviço de Incêndios prosseguiu através da aquisição de duas bombas e uma enorme quantidade de baldes de couro (1681), tendo sido distribuídos em cada bairro, perto de cinquenta unidades. Ficou, também, estabelecido que cada pedreiro, carpinteiro ou mestre alistado que faltasse ao combate a um incêndio seria punido com uma pena de prisão.
No ano de 1683 foi publicado o primeiro Regulamento de Pessoal para que houvesse maior organização e interacção entre os combatentes aos fogos e os moradores das cidades, uma vez que a prevenção era a principal preocupação.
Em 1722, foi criada no Porto a Companhia do Fogo mais tarde denominada de Companhia da Bomba, que era constituída por “cem homens com capacidade de utilizarem a bomba, machados e foices”.
A primeira Companhia de Bombeiros, propriamente dita, surgiu em Lisboa no ano de 1834, criada pela Câmara Municipal de Lisboa, tendo ficado conhecida, também por Companhia do Caldo e do Nabo.
O movimento Associativo dos Bombeiros teve início em 1868, com a Companhia de Bombeiros Voluntários de Lisboa, que posteriormente, mudou a denominação para Associação de Bombeiros Voluntários, continuando a ser assim designada até aos dias de hoje.

Porquê "Bombeiro"?

O termo pelo qual são conhecidos hoje os soldados da paz, "Bombeiro", advêm da utilização de bombas. A utilização deste equipamento data do ano de 1734, o qual era considerado bastante avançado, para aquela época. Portanto, os homens que, naquele tempo, se disponibilizavam para combater os incêndios (utilizando as bombas) começaram a ser chamados de Bombeiros.
No que respeita a este equipamento de combate aos incêndios, também foi modernizando com o tempo, sendo que em 1868, começaram a utilizar-se bombas a vapor, e, posteriormente, os proprietários dos prédios tinham, obrigatoriamente, que instalar bocas de incêndio nos mesmos.



Funções dos Bombeiros


Um Corpo de Bombeiros é uma unidade operacional organizada, preparada e equipada para o exercício das suas funções.
A sociedade já não se imagina a viver sem a protecção dos bombeiros da sua área de residência, os principais impulsionadores da tranquilidade e segurança necessárias à vida moderna.
O Bombeiro, profissional ou voluntário, tem uma série de funções que lhe estão atribuídas.
O socorro às populações em perigo é, sem dúvida, uma das suas principais missões, em caso de incêndios, inundações, desabamentos, abalroamentos, em suma, em todas as catástrofes, calamidades ou acidentes. Está, também, no domínio das suas funções exercer actividades de formação cívica, com especial incidência no âmbito da prevenção contra o risco de incêndio ou outros acidentes domésticos.  

Corpos de Bombeiros 

Existem diferentes Corpos de Bombeiros, que variam de município para município. Os Corpos de Bombeiros profissionais são criados e mantidos na dependência directa de uma Câmara Municipal e os elementos que o constituem são profissionais e geralmente designam-se de bombeiros sapadores.
Os Corpos de Bombeiros Mistos podem ser dependentes de uma Câmara Municipal ou de uma Associação Humanitária de Bombeiros, sendo estes constituídos por bombeiros profissionais e por bombeiros voluntários.
Aqueles que pertencem unicamente a uma Associação de Bombeiros Voluntários são designados de Corpos de Bombeiros Voluntários. Estes são constituídos, em maior número por bombeiros voluntários, podendo ou não incluir uma unidade profissional mínima.   
Por último, temos os Corpos Privativos de Bombeiros, pertencendo a uma pessoa colectiva, mas privada que, por razões da sua actividade profissional, necessita de um corpo profissional de bombeiros para sua protecção.

Curiosidades

Em Portugal existem perto de quarenta mil bombeiros entre voluntários, municipais e privados e cerca de treze mil veículos ao serviço dos bombeiros.
O primeiro veículo de socorro motorizado, existente no nosso país, pertenceu ao Corpo Municipal de Bombeiros de Lisboa. Foi um Fiat Pronto-Socorro adquirido em 1915.
Os bombeiros portugueses são responsáveis por uma área de noventa e dois mil, trezentos e noventa e um quilómetros quadrados, lutando com dificuldades, mas facilitando a vida da nossa sociedade.

Corporação de Vila Pouca de Aguiar


Vida por Vida é o lema dos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar desde o dia 25 de Dezembro de 1917, data da sua fundação. Os primeiros jovens a ingressar na corporação foram jovens soldados, regressados da I Guerra Mundial.
Utilizando apenas uma braçadeira, um capacete e um machado, talvez fossem só um grupo de homens corajosos fazendo jus ao seu nobre ideal, ajudar o próximo.
Actualmente, a sirene que entoa nas ruas da vila dá o alarme do perigo. Antigamente, era o sino da igreja que reunia todos no antigo quartel, em frente ao antigo edifício da cadeia.
Para além da ajuda sempre presente e imprescindível da população, os soldados da paz transportavam escadas, cordas, mangueiras e bombas braçais em auxílio dos que necessitavam.
Em 1925, os bombeiros estreiam a sua primeira farda, nessa altura o comandante era João Monteiro Sousa.
Em 1936, teve início uma nova e áurea época nos bombeiros aguiarenses, como comandante ficou Teófilo Lopes Frazão. Muitos jovens se alistaram, o rigor e a disciplina eram palavras-chave no desempenho da sua missão. Os simulacros e as instruções eram de tal modo impressionantes que outras corporações presentes ficavam boquiabertas perante a agilidade e perspicácia dos jovens do concelho.
Foi por essa altura que surgiu o primeiro veículo. No mesmo, colocaram-se cadeiras laterais e um sino que anunciava a sua passagem. No final da década de 30, foi adquirido um velho carro que foi, posteriormente, adaptado para servir como ambulância.
Actualmente a corporação possui seis carros de combate a incêndios, um preparado para intervenção especial em acidentes de viação, sete ambulâncias, dois veículos ligeiros de apoio à Direcção e ao Comando e muita gente com vontade de ajudar os outros. Apesar do número de viaturas parecer razoável, dizem-nos que “é necessário substituir algumas devido ao elevado número de anos de serviço”. Está, ainda, afecta uma ambulância ao serviço do INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica.
Liliana Correia
Catarina Machado

O Voluntariado nos dias de hoje
Vem aí o Dia do Bombeiro Português, último fim de semana de Maio e para tal contribuímos com um artigo, talvez insignificante para muitos, mas também muito elucidativo.
Como sabem o “braço direito” da Protecção Civil, são os Corpos de Bombeiros. Mais de 90% dos mesmos do nosso país pertencem a Associações Humanitárias.
Os Corpos de Bombeiros pertencentes às Associações Humanitárias são Corpos de Bombeiros Voluntários, ou seja, os elementos que fazem parte destes CB’s são voluntários e, como a própria palavra diz, prestam serviço e ajuda à comunidade sem receber nada em troca. A maior parte dos voluntários do nosso pais têm vivido no anonimato, pouco se sabe a respeito das suas actuações, do seu efeito e o que desencadeiam em prol da sociedade, ninguém os valoriza, ou quase ninguém. Estes voluntários devido à actividade que desempenham por opção, mas profissionais na acção, têm de estar e ter à sua disposição equipamentos e material adequado, sendo este de elevado valor, por exemplo para equipar um bombeiro com material de protecção individual para combater um incêndio urbano (habitações) é necessário no mínimo 2.550€, exceptuando-se as viaturas e material necessário para o combater. Por isso a necessidade das associações taxarem um valor simbólico por serviços requisitados ao CB.
Feriados, Domingos, todos os dias da semana, 24 horas por dia, 365 dias por ano os bombeiros voluntários acodem a quem precisa deles, muitas vezes insultados, vaiados, agredidos por elementos da sociedade que acham que os bombeiros recebem dinheiro pelas ocorrências que têm, e que são obrigados a tudo, PURA MENTIRA. Os bombeiros recebem de 1 de Junho a 15 de Outubro os que fazem parte das ECIN’S (Equipas de Combate a Incêndios Florestais) 1,70€ (um euro e setenta cêntimos) por hora. Na nossa opinião a sociedade dificulta o incentivo ao voluntariado nos bombeiros pois, muitos destes Homens, não estão dispostos a serem criticados por tudo e por todos, sabendo estes que estão a fazer o seu melhor de madrugada, à chuva, frio, vento… enfim com todas as adversidades meteorológicas e criticas da sociedade que tanto precisa destes, infelizmente, mais cedo ou mais tarde!
Para finalizar, uma enorme palavra de apreço e gratidão para todos os voluntários, nomeadamente, para os bombeiros e especialmente para aqueles que comandamos. Bem hajam a bem da humanidade.
O Comando dos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar

Ser Bombeiro
Descer a montanha do bem-estar,
Conviver com a angústia e com a dor,
Enfrentar a terra e as ondas do mar,
Fazer tudo, mas tudo com AMOR.
Uma farda que não dá poder,
Um machado ao serviço da PAZ,
Um sentimento de vida e de querer,
É a vontade de se ser capaz.
Um obrigado ao filho ou à esposa,
À mãe e também ao pai,
Porque espera uma pessoa idosa,
Porque nos dilacera um “AI”.
O sangue que no chão se derrama,
Os gritos que a dor não deixa ouvir,
O combate à destruidora e infernal chama,
São o verdadeiro eco de um fraterno sentir.
Deixar tudo por cada homem que chora,
Deixar tudo por cada ser que agoniza,
Contrariar o desespero em cada hora,
Dar aos outros a própria camisa.
O risco é duro e permanente,
As horas não tem minuto nem segundo
O desafio é louco mas consciente,
O BOMBEIRO é uma presa do mundo.
Lobo Amaral


Fonte:pq-jornal.com

20 de maio de 2010

Aprovado Plano Operacional Municipal

A Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Vila Pouca de Aguiar aprovou por unanimidade o POM – Plano Operacional Municipal que integra os dados relativos ao dispositivo no combate de incêndios, desde a 1º intervenção ao rescaldo, dos meios e recursos existentes e em que é feita a análise de risco de incêndio. Nesta reunião marcaram presença os representantes da Câmara Municipal e Freguesias, Autoridade Florestal Nacional, GNR, Unidade de Gestão Florestal Barroso/Padrela, Organização de Produtores Florestais, Protecção Civil e Gabinete Técnico Florestal.
Os Bombeiros Voluntários e o Instituto de Conservação da Natureza não se fizeram representar na reunião que se realizou a 10 de Maio em que foram várias as decisões aprovadas tendo em vista a defesa da floresta contra incêndios.

Além do POM, foi apresentado um plano de acção das equipas de sapadores para 2010, vão realizar-se duas acções de sensibilização à população nas freguesias de Valoura e Vreia de Jales, vão realizar-se candidaturas para “Voluntariado Jovem para as Florestas” e “Programas Ocupacionais” e o Plano de Fogo Controlado passa de 250 para 534 hectares da área a intervencionar. Na reunião dos responsáveis florestais foi ainda abordada a execução do Plano Municipal da Defesa da Floresta Contra Incêndios.

19 de maio de 2010

Ainda se Lembra...

Bombeiros exigem comando nacional

Corporações querem deixar dependência da Autoridade de Protecção Civil.

Os bombeiros voluntários querem deixar de estar dependentes da direcção da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e passar a ter uma estrutura de comando própria. Exigem um comandante nacional que faça a gestão operacional dos voluntários e a sua coordenação.
Numa altura em que devia estar a arrancar a fase "Bravo" de combate aos incêndios - devia começar hoje, mas foi adiada para o início de Junho devido às condições meteorológicas -, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) considera: "Está na hora de dar aos bombeiros a visibilidade e a importância que merecem e que o sistema deles exige, nomeadamente criando uma hierarquia própria." Duarte Caldeira lembra: "Todos os agentes [de protecção civil] têm uma estrutura em hierarquia, e os bombeiros são os únicos dependentes da ANPC."
O presidente da LBP lembra que nas corporações de bombeiros já existem "qualificações e competências instaladas suficientes" que "permitem começar a pensar em ter uma estrutura hierárquica autónoma". A ANPC ficaria "com a responsabilidade de coordenação dos vários agentes, incluindo os bombeiros, mas sem assumir em relação aos bombeiros uma hierarquia que não tem sobre os restantes agentes", diz.
De facto, em termos operacionais, os bombeiros possuem apenas comandantes distritais como interlocutores das corporações locais, não existindo uma figura nacional para o mesmo efeito. Esta espécie de "comandante nacional de bombeiros" poderia, defendem, "melhorar logo à partida o relacionamento entre os voluntários e as estruturas nacionais de organização de meios de protecção civil, além das questões operacionais de coordenação de meios".
"É uma inevitabilidade", afirma Duarte Caldeira. O responsável diz que a "profissionalização mínima" dos bombeiros voluntários já está a ocorrer, "de forma gradual, mas consolidada", o que não significa que o voluntariado "enquanto instrumento complementar de socorro esteja em perigo".
No arranque da fase "Bravo" de combate aos incêndios florestais, o presidente da LBP alerta para o facto de o prolongamento do período de chuvas estar a impedir a realização das habituais queimadas preventivas, o que representa um risco acrescido para a época de incêndios, embora o Governo tenha decidido adiar a fase "Bra- vo" duas semanas. "Uma boa parte da área que deveria ter sido intervencionada não o foi, por causa das chuvas, que continuam", apontou.
Em causa estão as acções de fogo controlado que visam "eliminar o combustível que está a mais nos espaços florestais", da jurisdição da Direcção-Geral dos Serviços Florestais. Operações preventivas que assim estão a ser "prejudicadas pelas chuvas", garante Duarte Caldeira, sublinhando a "vital" importância deste tipo de acção preventiva realizada habitualmente nos primeiros meses do ano, em todo o território.
Por sua vez, dado o Inverno "prolongado", o presidente da LBP sublinha que as condições atmosféricas que se verificam desde o início do ano, a nível da temperatura e humidade no solo, permitem a "regeneração rápida" de vegetação que podem agravar qualquer incêndio.

Fonte: DN

12 de maio de 2010

Fim Mais do Que Anunciado!

O governo Sócrates, nunca primou por ser um governo amigo dos Bombeiros Portugueses.Habituado a comprar tudo e todos, rapidamente politizou a única instituição que poderia levantar algumas quezílias e silenciou-a por 450 Mil Euros! Falo logicamente dessa poderosíssima confederação que dá o nome de Liga dos Bombeiros Portugueses, outrora uma confederação que realmente lutava pelos interesses dos Bombeiros Portugueses, mas que hoje, infelizmente tem tantos rabos de palha, que se remete a um silêncio ridículo mas necessário para poder receber dinheiros provenientes da ANPC.Como se não bastasse a criação de estruturas paralelas aos Bombeiros, agora o Governo Sócrates, através dos seus paus mandados mais directos que estão na ANPC, dizem que em Maio, já não há ECIN´s para ninguém uma vez que tem chovido e poderá até nevar... desta forma, sempre dá para um ministrozeco qualquer comprar um carro topo de gama, ou então para financiar a compra de fardamento dos GIPS ou da FEB! Ou então mais um Jeep qualquer para algum CODIS amigo do Gil...Claro que os Comandantezecos dos Corpos de Bombeiros e essa confederaçãozeca (refiro-me assim para não rebaixar mais ainda o seu nome, porque tal silêncio revela para além de falta de vontade própria muita falta de carácter, porque uma vez mais quer Comando dos CB´s quer a LBP, traem sem qualquer problema a confiança dos seus Bombeiros) nada fazem nem tomam uma posição de força ou sequer se pronunciam perante tal desrespeito cada vez mais evidente da tutela, para com os Bombeiros.No entanto, de uma coisa ninguém é capaz de se afastar, das festarolas de apresentação dos ECIN´s, aí sim, há que estar presente, preferencialmente bem fardado para causar boa impressão e quem sabe, ser o próximo CODIS, com um bom ordenado!Sinceramente, estou mortinho para que possa fazer ECIN´s, à semelhança de muitos de vocês, sou um Bombeirozeco de meia tigela, que quer é ganhar algum dinheirinho para fazer face à crise que aí se avizinha! Um dinheirinho extra, vem mesmo a calhar! Sou um mercenário dos pequeninos, que se vende em troco de 1,70 €/hora, mas pá... é dinheiro e se durante 15 dias trabalhar 24 horas por dia, é uma pipa de massa...Claro, que os governantes arrogantes, cientes desta necessidade generalizada, lá vai dando migalhinhas aos Bombeirozecos que nunca deixam de comparecer em nome da causa! (sei lá eu qual causa...). Estas migalhas, cegam grande parte de nós que continuamos a não acreditar num fim, mais que anunciado! Enquanto nos distraímos com concursos de carros de Bombeiros que nunca mais aparecem, enquanto sorrimos quando nos dão o tal EPI que não confere qualquer protecção, enquanto nos insultamos uns aos outros aqui neste blog, dizendo que ele desceu muito baixo e que bateu no fundo, os Senhores lá do MAI e da ANPC cá vêm ao BLOG, mandando bitaites para “ acirrar os gajos” como eles dizem!Esta triste realidade matou o Bombeiro Voluntário em Portugal que para além de servir apenas para o desenrasque, é constantemente desrespeitado, com atitudes como esta. Que por 15 dias, não há ECINs para ninguém, a crise, obriga a isso.No entanto eu, Bombeirozeco burro e estúpido, que só quer festarola e copos, à semelhança de muitos de vós, lá estarei dia 1 de Junho!

Fonte: BPS

10 de maio de 2010

Desabafo de um bombeiro...

Sou apenas um homem, como qualquer outro. Quem sabe fruto de um sonho antigo, ou vontade nobre de ajudar ao próximo, porém sou apenas um homem. Homem de poucas palavras, de muitos gestos, de muito suor. Muitos me admiram, poucos me estendem a mão, alguns conhecem-me. Sou figura amada pelas crianças, sou personagem odiado pelos não atendidos, alguns compreendem, poucos me dão razão. Dizem que sou herói. Não sou herói, nem quero ser. Sou Voluntário por opção mas profissional na acção, com algum treino e endurecido pelo tempo.
De boas acções, de actos de coragem, muitas vezes impensados, mas não herói. Carrego este fardo, não sei se consigo. Homem como tantos outros, Pai, filho, esposo e amigo. Muitos dizem que na vida, bombeiro não seriam, pois falta-lhes coragem. Amiga(o) digo-te, coragem não sei se tenho, talvez loucura, devaneio de criança. Não nasci para ser bombeiro, não nascemos para sermos bombeiros ou bombeiras, um dia, quando percebemos, é tarde demais. Não sou herói, reafirmo, apenas uma pessoa diferente, talvez especial. Quando todos fogem, eu aproximo me, quando todos gritam, eu peço silêncio, quando todos andam eu corro, quando todos choram, eu engulo em seco, fecho os olhos e agradeço. Faça chuva, faça sol, manhãs de sábado, Domingo ou tardes em festa, sorrisos poucos verei, dia após dia apenas vidro, carvão e sangue. Meus amigos, não se preocupem, isto tudo é um desabafo. Por baixo daquela pesada roupa ainda existe esperança.
Estende a tua mão sem medo, mesmo no escuro, que a minha encontrarás. " Não a mão de um herói ou heroína, mas de um homem que dá a vida pela causa, que possui uma nobre missão, que tem um coração que pulsa, que chora e que ama. " Não um herói, mas um nobre amigo. Não façam de nos outras pessoas. Não nos englobem todos no mesmo saco. Ao nos prejudicarem estão a prejudicar todos aqueles que precisam de nós.... APOIEM OS BOMBEIROS E DEIXEM-SE DE MERDAS!!!

Um verdadeiro "BOMBEIRO"

6 de maio de 2010

PARA QUEM NÃO SABE OU DIZ NÃO SABER

Prémios de Saída INEM


O INEM atribui um subsídio, designado por Prémio de Saída, por cada um dos serviços prestados pelo Posto de Emergência Médica (PEM) ou pelo Posto Reserva (PR) e registados no Verbete Socorro/transporte (VST), de acordo com as regras em vigor, de valor variável consoante a Área de Intervenção, a Unidade de Saúde de evacuação e o serviço ser prestado com ou sem Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS), conforme a tabela seguinte:


O INEM paga ainda, um subsídio destinado à aquisição de consumíveis, de valor unitário € 1,00, por cada um dos serviços prestados.

Para além destes prémios existem um valor do subsídio trimestral a atribuir aos PEM que é o seguinte:



fonte: BPS