Cerca de mil bombeiros profissionais de todo o país manifestam-se fardados hoje, em Lisboa, para protestarem contra “a falta de efectivos” nas corporações, que dizem estar “a pôr em causa o socorro” prestado às populações.Portugal diz ser um país desenvolvido, mas no campo do socorro não passa de um país do 3º Mundo. A implementação de uma EIP em todos os Corpos de Bombeiros deveria ser real e não apenas no papel, pois apesar de todo o valor que os voluntários têm e ninguém lhe pode tirar isso não conseguem estar 100% disponíveis durante as 24 horas do dia.
A manifestação, que começa às 14h00 com uma concentração junto ao Ministério da Administração Interna, na Praça do Comércio, seguida de um desfile até à Assembleia da República, é promovida pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP).
O presidente da ANBP e SNBP, Fernando Curto, disse à agência Lusa que já estão confirmados mil bombeiros profissionais de todo o país, estando já programados vários autocarros.
Os bombeiros profissionais, que vão manifestar-se fardados, protestam contra “a falta de efectivos nas corporações”, que a ANBP estima em cerca de 1.500.
Fernando Curto disse à agência Lusa que as saídas de bombeiros profissionais para aposentação “não têm sido compensadas” com a entrada de novos elementos, sublinhando que “o socorro é deficiente” em algumas cidades, uma vez que as equipas saem para rua incompletas.
Segundo o sindicalista, há viaturas que saem para prestar socorro com apenas dois bombeiros, quando deviam sair com cinco elementos.
"O socorro, neste momento, está em causa", sustentou.
À falta de efectivos nas corporações junta-se ainda a intenção de muitos bombeiros quererem desvincular-se da função pública para emigrar, devido a dificuldades económicas, adiantou.
De acordo com Fernando Curto, mais de 200 bombeiros pediram ajuda a ANBP para se desvincular da função pública para irem trabalhar para o estrangeiro, uma vez que muitos viram o vencimento reduzido em cerca de 200 euros, além da falta de emprego do cônjuge.
Os bombeiros profissionais exigem também a criação de um horário de trabalho, tendo em conta que fazem um excesso de horas e não são todas pagas.
Estes profissionais, que têm uma greve marcada para 27 de Novembro, reclamam ainda por uma progressão na carreira e pedem um acordo colectivo de trabalho para a Força Especial de Bombeiros (Canarinhos) e funcionários dos bombeiros voluntários.
No final da manifestação, os representantes da ANBP e SNBP vão entregar um memorando reivindicado à presidente da Assembleia da Republica, Assunção Esteves.
Em Portugal existem cerca de nove mil bombeiros profissionais entre sapadores, municipais, “canarinhos” e funcionários dos bombeiros voluntários.
Fonte: Sol
O protocolos de socorro são para serem cumpridos e sinceramente é desolador ver equipas de socorro sair com 2 ou 3 elementos quando na realidade deveriam sair com 5 ou 6 elementos. Mas será que não percebem que com isto o socorro pode ser posto em causa?
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