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16 de agosto de 2010

Varios Tipos de Falência

Ainda pensei escrever longamente sobre o assunto e deixar algumas respostas a intervenções anteriores, mas como seria muito extenso, talvez uma conversa acabe por conduzir de igual modo ao desenvolvimento das ideias que tenho sobre incêndios florestais.

Deixo apenas umas notas soltas:

1) Falência da prevenção
A prevenção não produz resultados em 5 anos. É verdade, sim, que o investimento parece estar mais virado para o combate do que para a prevenção. Porém: o Estado não tem uma autoridade capaz de implementar a prevenção, e o que fez até aqui foi incipiente;

2) Falência no voluntariado

Neste como noutros cenários, não podemos estar reféns de um modelo assente em voluntariado. A resposta precisa ser profissional e imediata, não podemos ter uma resposta ao socorro que depende do "se", do "mas" e do "também". Não podem tocar sirenes e ficarmos à espera que cheguem bombeiros. Não podem haver distritos/municípios que não conseguem ter bombeiros suficientes. É preciso existir uma força única, profissionalizada, especializada. Obviamente, não chegam os mais de 1000 homens da FEB+GIPS em conjunto. Teriam de ser mais.

3) Falência no comando
Relaciona-se bastante com o ponto anterior. Sem forças profissionais, o comando encontra limites ao que pode e não pode exigir, ao que pode e não pode comandar. Mais, o comando não pode estar refém do poder político, não pode permitir que os políticos se imiscuam na gestão operacional. Se dizem que há promiscuidade entre o futebol e a política, também a existe entre a protecção/socorro e a política, e com consequências bem mais graves.

4) Falência na gestão de áreas protegidas

Não pode querer proteger-se tudo e fazê-lo de uma tal forma que as populações acabam por se revoltar e fazer elas próprias o fogo com intenção de destruir. E não pode querer ter-se uma área protegida e depois não ter sequer o cuidado de dotar essa área de infraestruturas de apoio ao combate.

5) Falência na punição

Não se pode querer ter sucesso quando quase 100% dos incêndios são de origem humana mas depois as coimas ou não se aplicam ou aplicam debilmente. Os prevaricadores precisam sentir o longo e pesado braço da lei, caso contrário as forças de fiscalização tombam perante o descrédito e a população, por mais fiscalização que se lhes faça, sentir-se-á sempre impune.

Autor: Pedro




Fonte:bombeirosparasempre.blogspot.com







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