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28 de fevereiro de 2013

Bombeiro 2.0. Primeiro Fato Português Chega ao Mercado


Vai receber certificação em Setembro e deverá custar à volta de 700 euros. Próxima versão vai incluir sensores de calor e monóxido.

Onze meses e milhares de euros depois, está pronto para ser lançado o primeiro fato de protecção para bombeiros 100% português. Chama-se PT 2.0 e é um dos mais avançados do mercado, com design específico para os bombeiros portugueses e composição têxtil resultante da investigação em laboratório. Tudo para garantir resistência ao fogo, calor, vapor de água, químicos e uso intensivo no combate a incêndios. Neste momento, os fatos usados pelos bombeiros portugueses são importados ou somente montados em Portugal. 

"É nestes produtos de alta tecnologia que o sector têxtil português pode competir, não nos produtos básicos", salientava ontem Hélder Rosendo, subdirector-geral do CITEVE, durante a apresentação oficial do fato na fábrica da Unilever Jerónimo Martins (o projecto teve apoio financeiro da empresa). Segundo o responsável, o preço do PT 2.0. deverá rondar os 750 a 800 euros - consideravelmente mais que os fatos regulares que as corporações de bombeiros usam. Porquê? O novo produto é um mix entre os fatos para incêndios urbanos (que custam de 500 a 600 euros) e fatos para incêndios florestais (150 a 200 euros). Mesmo em tempo de restrições orçamentais, o consórcio acredita que o PT 2.0. vai ser alvo de elevada procura, dada a qualidade do produto, algo com que concorda a Liga dos Bombeiros Portugueses, representada no evento por um dos membros do conselho-executivo, José Ferreira. A Liga comprometeu-se a promover o PT 2.0. junto das corporações e aplaudiu o esforço feito pelas várias empresas do consórcio. 

O fato vai ser comercializado pela empresa Actijob, mas é fruto da colaboração entre várias empresas e entidades nacionais - um consórcio que envolve o CITEVE (Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil do Vestuário), o CENTI (Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes), e as empresas têxteis A. Sampaio & Filhos, António de Almeida & Filhos e Lemar. 

O fato foi concebido com base nos pedidos feitos pelos bombeiros de várias corporações através de inquéritos exaustivos. Condições como conforto, facilidade no momento de vestir e despir, visibilidade no meio do fumo, isolamento térmico e impermeabilidade foram algumas das mais importantes apontadas. Além disso, existem requisitos legais importantes que o PT 2.0. tinha de seguir para conseguir a homologação europeia: retardante de chama, protecção contra químicos líquidos, resistência aos rasgões e à abrasão, material retro-reflector, etc. A investigação no tipo de fibras levou à utilização de aramida e meta-aramida, o topo de gama mundial. 

O CITEVE também testou a integração de sensores de temperatura e de monóxido de carbono, que disparam alertas quando é ultrapassado o limite. Estes sistemas farão parte do PT 2.1, que entretanto está a ser alvo de reajustes de acordo com o feedback dos bombeiros. Esta nova versão conseguiu ser aprovada para financiamento do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), mas ainda deverá levar mais um a dois anos a chegar ao mercado.

Fonte: IOnline

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